16 de março de 2009

ONDE INICIO A PESQUISA SOBRE LUDICIDADE?

O JOGO E SUAS DIFERENTES FORMAS CULTURAIS

Jefferson Miranda[1]
Parte 1:

Pesquisando sobre a definição do lúdico e suas influências sobre o homem, esbarrei com leituras que insurgiu desde as concepções mais simplórias (senso comum) às mais filosóficas, como Homo Ludens, de Johan Huizinga (1872 – 1945).
Esta obra data uma publicação do final da década de 30. Em pleno permeio das grandes explorações arqueológicas no Egito e das duas grandes guerras mundiais que o nosso mundo já teve.
Os doze capítulos do livro tratam sobre a essência filosófica do jogo (relativo a lúdico), que se desenrola, iniciando com a comparação da submissão do homem aos deuses até as ações do cotidiano contemporâneo.
Ora, em tempos atuais, para se publicar um livro, o pesquisador “espera” desde o surgimento das últimas linhas até aprovação da editora, um tempo médio de 2 a 3 anos. Sem citar as condições financeiras em que se encontra. Em analogia, agora imagine para essa década: pesquisar, adquirir estudos ou livros afins, elaborar relações entre o estudo e o objetivo almejado, revisar leituras, instigar hipóteses, buscar recursos... Isso tudo a quase 80 anos atrás, numa época em que o computador digital e a web eram meras conjecturas para uso bélico. Por vez, é no mínino intrigante, porque não interessante, o estudo deste autor que desencarnou antes mesmo das bibliotecas digitais ou das salas de bate-papo!
Como seu trabalho trata no âmbito filosófico a definição de jogo e suas relações culturais do homem primitivo ao contemporâneo, sua leitura torna-se um tanto redundante e, às vezes, prolixa. Contudo, Huizinga (1938, p. 3) afirma que “o jogo é fato mais antigo que a cultura, pois esta, mesmo em suas definições menos rigorosa, pressupõe sempre a sociedade humana; mas, os animais não esperaram que os homens os iniciassem na atividade lúdica”.
Em seu primeiro capítulo faz uma busca incansável para elucidar a “natureza e significado do jogo como fenômeno cultural”, explorando de deferentes formas as relações do homem e o primitivo, o homem e suas reações com o inexplicável (crenças), os animais e suas formas de brincar; enfim, o homem, o jogo e seus vínculos como função social (HUIZINGA, 1938, p. 6).
Então surge a dúvida: por que desvincular a história da prática?
Ora, é na origem dos detalhes que se obtém o extrato dos fatos! Logo, por parecença, ficaria mais fácil entender a Matemática se nos apegássemos a sua origem, pois nela explica-se que surgiu (Ela) para facilitar o dia-a-dia da humanidade.
Parte 2:
[1] Licenciado em Matemática (UESPI), especialista em Educação Matemática (UFPI), cursando especialização para inclusão no Mestrado em Ciências da Educação (FORUM/LUSÓFONA), professor da rede pública (municipal e estadual, em Teresina), professor da Faculdade Evangélica do Piauí (FAEPI), pesquisador sobre ludicidade e história da matemática

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