3 de agosto de 2010

ENTENDA como a mente do enxadrista pensa!

De modo geral, uma partida de xadrez tem três fazes: abertura, meio-jogo e final. As aberturas são iniciadas de forma padronizadas com técnica clara: domínio do centro, desenvolvimento de peças e segurança ao rei. Como nas finais devem ter poucas peças, logo deve estudar combinações entre o seu rei e a(s) peça(s) que dispõe(m) para encurralar o rei adversário.

É no meio-jogo que o enxadrista mostra o grau de habilidade espacial e concentração. Nesta fase do jogo as combinações e estratégias devem fazer diferença entre aplicar ou receber o mate.

Para realizar, por exemplo, o lance inicial, as brancas têm 20 modos diferentes de iniciar uma partida, sendo 4 opções com os cavalos e 16, com peões. Caso o jogador siga o conselho adequado para abertura (e 4 ou e 3), o lance seguinte às brancas terá 30 possibilidades de escolha. Dependendo do nível de seu adversário, as condições de análise das casas de um lado e do outro vão variando, assim cada jogador deve verificar todas as variações possíveis: as suas e as do opositor.

Verificando que o enxadrista deve concentrar, memorizar e analisar as combinações possíveis para cada posição no tabuleiro em cada situação, acredita-se que o jogo “força” o desenvolvimento da cognição humana. Para entender melhor esses movimentos assista o filme: O Último Lance (The Luzhin Defence, 2000, diretor Marleen Gorris).

Jefferson Miranda

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