11 de junho de 2008

Última parte da mografia: entrevista 3

ENTREVISTAS 3

(20/12/05)

Escola Municipal Prof. Manuel Paulo Nunes

Entrevistando a diretora Soleane.

ENT.: Professora tem material de xadrez na escola? E quais são os materiais que têm? Sabe dizer?

DIR.: A gente tinha bastante material. Houve um roubo esse ano. Cataram todo o nosso material de xadrez. Mas a gente fez um oficio pedindo pra o Secretário e ele nos atendeu. A gente recebeu bastantes jogos de xadrez. É e até o relogiozinho que controla (né). Que tipo de jogos a gente tem?! De duas formas: é... tem aquele... como se chama? Naipa.

ENT.: Napa.

DIR.: É com o “coisa” bem grande. E tem uns que a escola ganhou do próprio Secretário que é pequeno. É de madeira e aquela pecinha também de madeira. Tem 15 jogos daquele de madeira.

ENT.: Tem algum livro aqui na escola?

DIR.: Tem. Agente tinha quinze livros. Os ladrões levaram dez, ficou cinco.

ENT.: Professora, no projeto político pedagógico da escola tem atividade que envolve o jogo de xadrez.?

DIR.: Sim. O nosso projeto pedagógico ele contempla vários projetos que estão de portas abertas. Nós temos procurado seguir arrisca (né), principalmente a questão do xadrez que desenvolve bastante o raciocínio dos alunos então.

ENT.: Quando teve aulas ou atividades de xadrez? Eu queria que você me explicasse também que tipo de atividade teve? Se foi torneio? Se foi algo mais?

DIR.: O ano passado (2004), além das aulas normais, os alunos da manhã freqüenta a tarde, os alunos da tarde freqüentam pela manhã. As turmas são formato de 20 alunos no xadrez. No ano passado nós tivemos um torneio na própria escola, esse ano não foi possível fazer o torneio.

ENT.: Só uma ressalva professora: quantas horas aulas por semana?

DIR.: São doze.

ENT.: Doze horas/aulas por semana?

DIR.: São doze. Doze é total do professor.

ENT.: Seis de manhã e seis de tarde?

DIR.: É.

DIR.: É, então esse ano não foi possível o torneio por conta da questão física de material, de carteiras que não tinham pra montar a sala, mas na medida do possível foram desenvolvidos. Eu ainda acho que a gente consegui milagre! Porque roubaram. Ele ficou com os jogozinhos que a gente tem ali de madeira, até que mandaram. É... a gente pediu semana passada o novo material.

ENT.: Deu pra improvisar (né)?

DIR.: Deu. E os meninos daqui a gente tem o André e o Andrelino, por exemplo, são um dos campeões junto com a Priscila. É, em qualquer folga eles até no turno da manhã – que eles estudam a tarde – eles passam a amanhã inteira aqui na biblioteca.

ENT.: Treinando?

DIR.: Treinando xadrez. São muitos bons! E eles foram competir com os meninos (treinar). Acho que era amistoso. Não entendo muito.

ENT.: Do Estado...?

DIR.: É do Estado.

ENT.: Se você for fazer um comparativo entre antes do xadrez, de ter os jogos de xadrez aqui na escola, e hoje a realidade... a realidade que nós temos hoje nesta escola? Você percebeu alguma mudança.

DIR.: Muitas mudanças! A questão da indisciplina e a questão do raciocínio dos alunos, principalmente dos alunos de 5ª série. Quando chega na escola, eles vêm meio ainda assim, com aquela mentezinha, assim de tia (né). Então, são os que mais a gente aproveita, os outros já estão mais (né) maduro. Então melhorou bastante. Os meninos que participam das Olimpíadas de Matemática – os nossos campeões aqui são os que estão sempre a frente do xadrez. Inclusive na Olimpíada Nacional ficamos medalha de prata da região. È, do estado. Recebeu até uma carta, uma bolsa de estudo Iniciação Cientifica Júnior. Então, eles praticam xadrez. São os que mais se destacam nas olimpíadas.

ENT.: Pra concluir professora: o professor responsável teve alguma preparação, alguma capacitação?

DIR.: Ai meu Deus eu não sei como Izídio aprendeu isso. Ele é que pode dizer. Ele fez a capacitação para nós professores aqui da escola. Que o professor responsável é o professor Izído. Ele capacitou os professores da escola, a SEMEC ofereceu um curso, acho que no ano passado.

ENT.: 2003.

DIR.: Foi é, 2003!

DIR.: Os dois participaram: Gesio e Izídio. Mas o Izídio, segundo ele me disse lá no curso ela já tava ajudando os outros. Ele já sabe, acho que desde criança que ele joga. Eu não tenho certeza que ele participou de alguma capacitação fora, mas a gente pode dizer que daqui a pouco ele ta aí (né). Pode dizer... ele capacitou os professores da escola (né). Ele ministrou um curso pra gente.

ENT.: Eu queria uma opinião mais pessoal no seguinte: o jogo de xadrez traz algum ganho cognitivo para o aluno?

DIR.: Em termo de aprendizagem (né) o desenvolvimento cognitivo, traz sim. Eu acho até assim: houve uma melhora bastante antes e depois. Eu acho que melhorou bastante o rendimento. Principalmente o rendimento dos alunos de 5ª série (né). todos os alunos, mas principalmente o rendimento dos alunos de 5ª série. Eu só espero que no próximo ano a SEMEC dê condições pra gente fazer as turmas novas (né).

ENT.: Pois obrigado professora pela entrevista.

Entrevistando o professor Izídio.

ENT.: Professor você fez curso para ministrar aulas de xadrez?

PROF.: Sim, nós participamos de um curso promovido pela SEMEC para instituir o xadrez nas escolas. O projeto xadrez nas escolas.

ENT.: Essa data é em 2003, né?

PROF.: Exatamente!

ENT.: Você ministra aulas de xadrez com freqüência nas escola? Se tiver uma freqüência você me diria quanto a carga horária semanal.

PROF.: A gente trabalha aqui na escola 3 vezes por semana: segunda, na terça e na quinta-feira, do horário das 14 horas às 15 horas.

ENT.: Aí dar o que? Dar uma hora...

PROF.: Uma hora por dia.

ENT.: São três por semana. É como se fosse 120 horas.

ENT.: Certo. É, como você é de Educação Física, ele está inserido como atividade esportiva?

PROF.: É a principio foi pensado nisso. É como uma atividade esportiva. Até visando os jogos estudantis do município.

ENT.: Para você o xadrez traz algum ganho cognitivo para o aluno que pratica?

PROF.: Com certeza. A gente ver os resultados dos nossos alunos. Principalmente em terno, na questão do raciocínio ele começa a se concentrar melhor. Aí a gente vê os alunos com aquela capacidade. Antes agir, pensar primeiro. Isso com certeza vai melhorar o rendimento escolar dele.

ENT.: Você percebeu mudanças mos alunos que praticam xadrez em relação aqueles que não praticam xadrez? Tem alguma diferença?

PROF.: Percebemos. Os nossos alunos, os alunos que fazem parte do nosso curso de xadrez aqui na escola a gente até pergunta aos professores de sala de aula e eles apresentaram um rendimento um pouco melhor. Ainda não tão significativo, porque a gente ta com um trabalho iniciando, mas a gente vê esse aspecto, pelo menos que ele tenta trabalhar melhor um pouco. Porque na hora dele raciocinar ele já trabalha mais esse raciocínio.

ENT.: Você tem relato de algum aluno que tinha um comportamento – agora presente – você se lembra de algum?

PROF.: Não. Especificamente não.

ENT.: Pois professor só isto. Agradeço a entrevista viu.

PROF.: Ta, ok.

Prof. Jefferson Miranda (Multiplicador e árbitro da Sec. de Educação do Estado do Piauí)

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